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06/11/2021 às 22h54min - Atualizada em 06/11/2021 às 22h54min

Corpo de Bartolomeu Dresch será velado a partir das 13h

Natural do RS, Bartolomeu Dresch estava em Alagoas a 46 anos | Rede social

Gaúcho de Montenegro, município da região metropolitana de Porto Alegre (RS), o jornalista Luiz Bartolomeu Dresch (1955-2021), que faleceu na madrugada desta sexta-feira, 5, aos 66 anos, estava em Alagoas desde 1977. Aqui, Dresch, como era conhecido, iniciou a longa carreira profissional. Seu primeiro trabalho foi como revisor do extinto Jornal de Alagoas, seguindo por 46 anos trabalhando em redações. Atualmente atuava na Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom) e tinha uma coluna no jornal Tribuna Independente.

Seu corpo será velado a partir das 13h, no Planvida Renascer, no bairro do Prado, e em seguida será levado para o cemitério do PlanVida Renascer, no bairro Benedito Bentes, onde será cremado, em cerimônia restrita à família.

 

Querido e respeitado, o jornalista era também um boêmio | Arquivo

Em sua homenagem, o Sindicato dos Jornalistas e Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) emitiram nota de pesar, onde destacam sua integridade ética e compromisso profissional.

Sua dedicação ao jornalismo, respeito e disponibilidade para contribuir com nossa entidade de classe foram, para nós, exemplos de compromisso com a defesa da profissão e o exercício pleno da ética. O Sindjornal se solidariza com os familiares e amigos do querido Bartolomeu Dresch, ao tempo que agradece por toda a sua contribuição ao jornalismo e a esta entidade” – diz a nota do Sindjornal/AL.

Por sua vez, a Secom divulgou o seguinte texto:

“A Secretaria de Estado da Comunicação lamenta profundamente o falecimento do jornalista Luiz Bartolomeu Dresch, ocorrido na madrugada desta sexta-feira (05), em Maceió. Durante mais de 9 anos, passando por várias gestões de governo, o jornalista, natural do Rio Grande do Sul, atuou com seriedade e dedicação na Secom, onde deixou muitos amigos. Aos familiares, nossa solidariedade nesse momento de perda”.

Dresch (à direita, de chapéu) com familiares e amigos

Nas redes sociais e grupos de whatsaap, dezenas de amigos manifestaram pesar pela morte de Bartolomeu Dresch.

Além de revisor, Dresch foi chefe de reportagem, editor em jornais impressos, rádios e televisão, até se descobrir como repórter. Em 1984, entrou para o rádio e a TV, onde foi apresentador de telejornais.

Seu histórico de sucesso profissional começa na década de 1980, no Jornal de Alagoas, onde se destacou com grandes matérias sobre a violência. Era um momento histórico, onde o governo estadual dava proteção a grupos criminosos, alguns com origem nas polícias militar e civil.

Mas o jornalista Bartolomeu Dresch também se destacou por produzir reportagens abordando temas relativos a Alagoas, como quando escreveu sobre a extração de petróleo no povoado Riacho Doce e no bairro de Ponta Verde, pela Companhia Petróleo Nacional S. A, empresa fundada pelo engenheiro alagoano Edson de Carvalho, que tinha como um dos sócios o escritor e empresário Monteiro Lobato.

As reportagens alcançaram grande repercussão e reintroduziram o tema do petróleo na discussão política.

O jornalista nas ações do Sindjornal | Arquivo

Na redação do Jornal de Alagoas, que contava com experientes jornalistas, Dresch conheceu Zito Cabral, que se tornaria o principal mestre do jovem profissional. Foi com ele que passou a trabalhar na editoria de polícia, e em seguida nas demais editorias do jornal.

Em sua trajetória, foi homenageado com a Medalha Dênis Agra, honraria concedida pelo Sindicado dos Jornalistas a profissionais que contribuem para o aperfeiçoamento da prática jornalística, com retidão de caráter e esforço pessoal. O jornalista recebe a medalha em 2013, durante a solenidade de entrega do Prêmio Braskem de Jornalismo.

O jornalismo e a boemia 

Nas décadas de 1970 e 1980, as redações dos jornais funcionavam no Centro de Maceió. Estavam também na região central os bares onde os jornalistas marcavam presença. O bar da Dona Nete era o mais frequentado, e foi onde Bartolomeu Dresch manteve assento diário. O bar do Gordo, no Beco São José, foi outro ponto de concentração do profissionais, principalmente quando ao lado se instalou o jornal Tribuna de Alagoas, do falecido senador Teotônio Vilela, onde Dresch também trabalhou.

Bom papo, bom garfo e um bom amigo, o jornalista tinha a alegria como uma das suas principais características.

Bartolomeu Dresch, presente!


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