São Miguel dos Campos é exemplo em atrações históricas e culturais em Alagoas

Iniciando uma caminhada pelo centro da cidade passamos pela praça da matriz, onde está localizada a Igreja Matriz de São Miguel dos Campos. Em busca de atrativos culturais, iniciamos nossa jornada nos direcionando a Biblioteca Municipal. Pela fechada vemos a valorização que foi dada ao local: bonita e preservada. Ao entrar, quem primeiro nos recepciona é um boi bumbá, e do outro lado fomos apresentados a um grande telecentro que disponibiliza os computadores para uso dos populares, afinal uma biblioteca moderna precisa estar conectada com o mundo (virtual), além de possuir muitos livros. Subindo as escadas, encontramos uma arte plotada na parede, uma peça certamente inspirada no cubismo, com a seguinte frase que nos leva a valorizar os livros: “A leitura é uma porta aberta para um mundo de descobertas sem fim.”.

Lá em cima, encontramos o que esperávamos de uma biblioteca: silêncio, mesas, muitos livros e uma atendente. Tivemos a grata coincidência de encontrar e ser recebidos pelo secretário de cultura, o professor André Vieira, que contando com apoio do prefeito George Clemente, tem feito uma verdadeira revolução na disponibilidade de equipamentos culturais para a sociedade miguelense. Saímos da biblioteca satisfeitos com o que vimos e seguimos nossa exploração pela cidade.


Pela calçada seguimos para o Anexo Cultural que leva o nome do maior historiador de São Miguel dos Campos, o Professor Douglas Apratto Tenório, cuja plotagem com uma bela frase na parede tem sua assinatura: “Tenho a convicção que nossos alunos acreditam em mestres que, além de professores, sejam educadores. Criam os valores que não morrem…”. Comecei a sentir que andar pelos atrativos culturais de São Miguel me trariam frases inspiradoras e percebi que em todos locais encontraria artigos artísticos da cultura local. Foi assim quando entrei na sala do projeto Arte à mão que expõe trabalho de artistas locais com intuito de loja física que reverte todas vendas integralmente para os artesões. Logo a frente encontramos mais uma biblioteca municipal que leva o nome e uma jornalista e escritora Guiomar Alcides de Castro, esta também com objetos de arte em meio aos livros. Nesta mesma área ainda encontramos a Amila (Academia Miguelense de Letras e Artes) e um espaço infantil em uma sala com atrativos para crianças, cuja parede do fundo se destacava e chamava a atenção para a responsabilidade que devemos ter com nossas crianças, a parede colorida ao fundo dizia em letras garrafais: “Nós somos o futuro”. Cada detalhe trazem a tona o carinho e a atenção que se deu ao se idealizar esses espaços. Imaginar que onde hoje se encontra o Anexo Cultural já foi uma escola municipal por onde passaram muitos estudantes era algo regozijante.  Lembrar que esse mesmo espaço também abrigou o IFAL São Miguel por muitos anos, tornando possível sua instalação na cidade até que seu imponente Campus ficasse totalmente pronto na parte alta da cidade era motivo de orgulho. Nesse mesmo anexo ainda encontramos uma sala dedicada a aula de violão. E assim encontramos a Escola de Música Francisco e Abelardo Lopes, um exemplo de resistência, talento e amor a arte que vem formando novos musicistas há quase duas décadas. Além disso, tive o grato prazer de ver uma grande sala dedicada a Banda Filarmônica Maestro Bráulio Pimentel. Ali, os musicistas, muito deles crianças e adolescentes, podiam se dedicar a treinar seu instrumento em conjunto com os demais membros, e se preparar para apresentações musicais realizadas em diversas cidades de Alagoas.