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17/05/2021 às 14h54min - Atualizada em 17/05/2021 às 14h54min

A HISTÓRIA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS -AL E SEUS FAMIGERADOS APELIDOS.

PRAÇA MONSENHOR BENÍCIO DANTAS, CONHECIDA TAMBÉM COMO PRAÇA DO CAIS.

Por Redação - Ernande Bezerra de Moura
O lugar onde foi edificada a praça, antigamente era batizada pelos moradores como “Rua da Praia”. Atual Rua Antônio Jeremias de Menezes.

A rua recebeu este nome, porque no local havia um lagradouro arenoso, às margens do rio São Miguel, dando um aspecto de uma praia, o local era muito frequentado pela população, tanto para pescar como também para tomar banho.

Nesta época, o rio São Miguel era navegável, ainda não estava poluído, suas águas eram límpidas e claras, e o que chamava atenção, era a maré do rio, às vezes subia e às vezes decia, divido a rotação da terra.

Foi nesta rua, que deu início a tradicional ”Feira da Ponte”. O local transformava-se numa grande festa, pois ali, era realizado o comércio de peixes, crustáceos e mariscos.

Quando Humberto Maia Alves ganhou as eleições para prefeito, no pleito de 1965 a 1968, a primeira coisa que ele fez, foi a iniciação da contrução do cais, que ia, da cabeceira da ponte até a imediação do barrio que presta o seu nome. 

À preocupação do prefeito, era com o povo dessa localidade, pois os mesmos sofriam bastante, com às enchentes do rio, principalmente, no inverno.

O cais foi concluído na segunda gestão do prefeito Humberto Maia Alves, ou seja, de 1973 a 1976. Também no local, foi construído uma pequena praça, contendo varios canteiros de grama e diversos pés de árvores.
 
A partir desse data, a praça passou a ser chamada, pelos populares, de “Praça do Cais”.

Em 1986, na gestão do prefeito Wellington Torres, aconteceu no município uma das maiores enchentes já vista pelo povo miguelense, onde muita gente ficou desabrigadas e a praça do cais, foi completamente destruída.

Assim que foi eleito, para assumir o município, no pleito, de 1988 a 1992, o prefeito Francisco Hélio Jotobá, refez de novo a praça e deu a ela, um nome, a praça passou a ser chamada de “Praça Monsenhor Benício Dantas".

Benício Dantas Melo, nasceu na cidade de Maceió, estado de Alagoas, no dia 01 de novembro de 1924.
Na sua trajetória como pároco da Matriz de Nossa Senhora do Ó, realizou diversos benefícios em prol da comunidade e da cidade de São Miguel dos Campos, como por exemplo, a fundação da Casa Paroquial, a criação da Escola Paroquial São José e a construção da Igreja de São Benedito.
Também foi professor de latim e de francês do Ginásio São Miguel.
O inesquecível padre, faleceu no dia 04 de novembro de 1974, na cidade de Maceió.

Nos idos de noventa, a maior sensação do momento, era o “Bar e Restaurante Canecão“ que ficava localizado de frente para a praça, de propriedade do casal, Jorge e Iara Nogueira.

Também neste mesmo período, foi realizado na praça, o primeiro “Festival de Talentos da cidade de São Miguel dos Campos”, evento promovido pela UAM – União dos Artistas Miguelenses, que tinha como organizadores, Domingo Mendonça e José Barbosa de Moura. 
 
Na segunda gestão do prefeito Nivaldo Jatobá, que administrou o município no período de 2001 a 2004, a praça monsenhor Benício Dantas, ganhou uma nova roupagem, foram erguidos no espaço da praça, dois quiosques, que funcionavam como bar e restaurante. Um dele, pertencia a dona Terezinha.

A Praça Monsenhor Benício Dantas foi de novo revitalizada, no último mandato do prefeito Pedro Ricardo Jatobá, que administrou o município, de 2017 a 2020. 

Na praça foram construídos os seguintes aquipamentos: Uma quadra de esporte com grama sintética, uma academia de ginástica e um pequeno parque de brinquedos para a criançada.

Ela também ganhou um novo visual, foram instalados  postes com iluminação Led e bancos de alvenarias para que as pessoas podessem ter mais conforto e segurança. Além de canteiros de grama e plantação de árvores.

A Praça Monsenhor Benício Dantas foi reinaugurada no dia 12 de março de 2020.

( Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura )
* Membro Efetivo da Academia de Letras, Artes e Pesquisa de Alagoas e da Academia Miguelense de Letras e Artes.
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