Para Dêvis Klinger do Núcleo de Combate à Improbidade Administrativa – NCIA “o aumento no preço da gasolina também deixa a compra do supermercado mais cara, isso reflete no avanço da miséria no Brasil”.
Já Raudrin de Lima dos Caras Pintadas “ além do desastre perante à pandemia o governo federal brinca de fazer política externa, afetando a vida de milhões de brasileiros, pela prática de sangria em todas regiões do Brasil”.
Segundo levamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), no início do ano, os consumidores pagavam, em média, R$ 4,151 pelo litro do combustível nos postos. Na última semana de abril, o litro custava R$ 5,40.
Em maio de 2019, por exemplo, o barril de petróleo era negociado a US$ 64, quando o dólar estava a R$ 3,90: na época, o valor médio do litro da gasolina era R$ 4,55 no Brasil.
Quase dois anos depois, em abril de 2021, o preço do barril estava ligeiramente mais valorizado, sendo negociado a US$ 66,71, mas com o real bastante combalido — de acordo com a ANP, a gasolina estava sendo vendida, em média, por R$ 5,40 nos postos brasileiros.
“A participação do modal rodoviário na logística do Brasil é superior a 80%, o que cria uma dependência dos combustíveis fósseis para o transporte de mercadorias”, explica o professor Marco Antônio Rocha, do Instituto de Economia da Unicamp. “O impacto se reflete na formação de preço dos demais bens industriais: por ser um custo básico, há um efeito cascata. Sem contar o período seguinte do impacto, que é o custo do frete.”
Mas por que o combustível está tão caro? Para explicar isso, é necessário dar uma olhada na taxa de câmbio: de 2020 para cá, o real é uma das moedas que mais se desvalorizaram em relação ao dólar, considerado o “meio padrão” para calcular negociações — inclusive preço de commodities como o petróleo.