“O Brasil enfrenta uma nova onda com novas cepas e nós estamos em observação profunda em Alagoas”, ressaltou. “Vamos com clareza explicar ao cidadão que precisamos salvar vidas e vamos tomar sempre as medidas necessárias”, disse o governador, pontuando que ainda não saímos sequer da segunda onda e que a situação pode se agravar com as novas cepas. 

Havia uma expectativa do setor de eventos para que o governo autorizasse, neste novo decreto, a realização de eventos com público reduzido, mas isso não ocorreu. 

Conforme Renan Filho, o setor esteve dialogando com o governo, mas hoje não tem como abrir “o segmento representa pessoas juntas e em vários lugares e isso é complexo. Possivelmente tomemos medidas no sentido contrário a isso nos próximos dias”. 

Sobre a vacinação dos jornalistas o governador disse que precisa concluir os grupos prioritários e quando isso ocorrer vai priorizar os profissionais de imprensa.

Ele criticou também a velocidade da vacinação no Brasil, “que está aquém do necessário e é preciso agilizar a imunização, pois esse problema não é de estados ou de municípios, o grande problema é que não há vacinas”, declarou.

Já o secretário de estado da Saúde, Alexandre Ayres lembrou que nesses últimos 15 meses vêm trabalhando com base na ciência. “A saúde se reúne diariamente para apresentar as análises e orientar as medidas, inclusive a ampliação das restrições”.

Ayres anunciou que amanhã Alagoas irá receber uma remessa de vacinas da Coronavac para garantir a segunda dose a todos os cidadãos alagoanos que já foram vacinados com a primeira dose.

UTIs lotadas

Segundo o boletim de ocupação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado ontem (24), os dois hospitais públicos de referência em Alagoas no tratamento da Covid-19 estão chegando ao colapso. No Hospital da Mulher, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 99% e no Hospital Metropolitano, o índice chega a 98%.

Ainda conforme os dados da Sesau, o Hospital Vida, em Maceió, está com 100% de ocupação. O Veredas e o HGE estão com 90% de ocupação. Em geral, dos nove hospitais com UTI adulto na capital, seis estão em situação crítica. 

No interior, cinco dos dez hospitais atingiram ocupação superior a 90%. O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca e o Hospital Santa Rita estão lotados.