"POEMA DO CINEMA" - SÉRGIO MORAES

O que parecia impossível acontece,

O que estava em ruínas se reergue,

Parece inacreditável mas é real.

Aquele sonho valeu muito apena,

Ressurgiu das ruínas o nosso Cinema.

É o Cine Pilarense, é ele sim !

Que trouxe diversão por várias décadas

E nos anos 90 fechou e chegou ao fim.

Fim ? Nada disso. Aquele Cinema em ruínas,

só com a fachada e alagadiço, 

Parecia ter tomado chá de simiço,

Mas ele voltou renovado, voltou sim.

Mas quando seu teto desabou, ele sucumbiu...

Cheio de matos, 30 anos fechado, 

Povo vendo tudo e desanimado,

Mas em 2020 o Cine Pilarense ressurgiu.

Antigamente era Cine Éden,

Seu Vespertino Lima em 1924 o fundou,

Depois o Empreendedor Hilton Pimentel,

Comprou o prédio e o Cinema reformou,

Deu nova vida, uma nova fachada

E de Cine Pilarense ele o batizou.

Mas as minhas maiores lembranças,

Do Cine Pilarense aqui de Pilar,

É dos anos 70 com Rubens Barros e Auristela,

Que quero nesse poema homenagear.

Tempos dos filmes de índio, os trapalhões,

Durando Kid, Karatê, Dakitari, Tarzan

E da Paixão de Cristo que não podia faltar.

Eu era pivete e lá estava assistindo filmes,

Seu Narcízio recolhendo ingressos na portaria,

Júlio Landin, Zé Júlio, Nelson e Caveirinha,

E o Cícero Lau os filmes no telão exibia,

Lá trabalhavam Jitaí, Fredinho, Luiz Barbeiro

Dona Auristela e Dona Nazaré na bilheteria.

E aquelas ruínas que alguns queriam demolir,

Foram reerguidas e o Cinema voltou a funcionar,

Graças ao empenho do Prefeito Renato Filho,

Que reconstruiu o Cinema de forma espetacular

E o Cine Pilarense está de volta após 30 anos,

Para o nosso povo voltar a frequentar.

E que Deus seja louvado, o prefeito abençoado,

Por esta obra importante para o nosso Pilar.

Sérgio Moraes